O MMA conquistou no Brasil, desde idos de 2010, protagonismo entre os esportes de combate. Seus principais atletas viraram celebridades nacionais e, mesmo com a queda no número de títulos do UFC em poder de brasileiros, mantém um público fiel. O sucesso relegou a segundo plano modalidades mais tradicionais, como o boxe, que tem em Robson Conceição um dos seus principais expoentes no país hoje. E, de acordo com o lutador, cabe aos destaques de sua geração recuperar o espaço perdido.
“O MMA chegou e está no lugar dele, tem o seu merecimento, mas o boxe não tem esse valor. Mas tenho eu, tem Esquiva , tem Yamaguchi Falcão, ajudando a botar o boxe onde ele deveria estar no Brasil. Eu, com certeza, vou trazer esse cinturão mundial e aí, sim, colocar o boxe no lugar de onde ele nunca deveria ter saído”, declarou o peso-super-pena, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight , em Salvador.”
Conceição também entende que falta uma promoção adequada ao seu esporte no Brasil. Segundo ele, que tem no currículo a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio-2016, além de uma prata e um bronze em Mundiais, além de uma prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011, é necessário construir apelo à modalidade.
“O Brasil é um celeiro do boxe. Tem muitos atletas de ótimo nível, mas não tem aquele acompanhamento da imprensa, da mídia, que o esporte merece. É um esporte lindo. Nos Estados Unidos, eu vejo que se dá um valor muito grande, e que está no seu merecido lugar. Ele briga com outros esportes, bate de frente, com a mesma audiência. No Brasil, quando tem um evento bom de boxe e é bem promovido, dá audiência”, opinou.
Robson tem sete lutas profissionais e está invicto. No último dia 21, venceu Alex Torres Rynn por decisão unânime dos juízes, em combate realizado na Filadélfia (EUA). A intenção da equipe do brasileiro é pleitear uma disputa por cinturão mundial ao fim deste ano ou no início de 2019, caso o lutador continue sem perder.
Fonte: UOL